8 de mar. de 2006

Pizza

Às vezes eu paro para observar o ambiente onde vivo acabo sendo obrigado a agradecer a ele pela comunicação que o mesmo estabelece comigo. Quase nunca noto isso, mas tenho que admitir que, se eu acordo cedo, é em parte pelo barulho dos carros lá na rua, assim como se eu durmo bem de madrugada é pela ausência deles. Sem o silêncio dos vizinhos, à noite, dificilmente eu daria conta, de dentro deste quartinho onde passo todo meu dia trabalhando, de que as horas se passaram e eu devo parar um pouco de trabalhar e ir tomar um banho. Da mesma forma, sinto fome ao sentir o cheiro da comida dos vizinhos. Sempre tenho a impressão de que, quando eu cozinho, o cheiro da minha comida não preenche tantos metros cúbicos de ar quanto a dos vizinhos. E, no momento, espero uma pizza. É um golpe baixo. Quando subo as escadas com ela na mão, eu tenho certeza que qualquer um que passar por mim vai ficar com vontade e querer um pedaço. E depois que eu me empanturro, não tem cheiro de comida dos vizinhos que possa ser capaz de me causar qualquer sensação.
E adivinha só? A pizza chegou.

2 comentários:

Anônimo disse...

será que um dia entender-te-ei?

(cara doido)

Anônimo disse...

Pepperoni?