Engraçado que ninguém no debate nem comenta problemas relacionados dia a dia do cidadão paulistano como barulho, trânsito, falta de privacidade, os valores absurdos de IPTU por culpa da especulação no setor imobiliário, incompetência da vigilância sanitária, excesso de taxas municipais que desencorajam os registros de profissionais autônomos e transformam a classe média (que é muito maior do que parece) numa coisa espremida, torturada e machucada. Na minha opinião isso cria até um certo desestímulo do desenvolvimento social. Não vale a pena estudar se vc é capaz até de perder recursos ao ascender financeiramente.
Mas pior do que isso são as citações que intervém nas esferas maiores, estaduais e federais. de investimentos em metrô (que até onde eu sei é estatal, ou pelo menos a parte não-privada dele), rodoanel, hospital da mulher, USP, FATEC, enchentes do tietê, carandiru e outras coisas que o coitado do prefeito não apita porra nenhuma.
Os focos em temas relacionados à educação e saúde são a prova cabal do princípio marqueteiro dos discursos. Pode ser que eu esteja viajando na maionese mas achei que são temas em que a prefeitura fica muito submissa às esferas superiores. Ok, talvez a prefeitura ainda tenha alguma competência a se cumprir com hospitais e contratação de funcionários da saúde, mas relacionado à educação não vai muito além de creches e programas auxiliares. Não sou político nem muito bem politizado, pode ser mesmo que eu esteja viajando.
Mas me intriga a segurança não ser nem assunto de pauta. É porque a segurança municipal não vai muito além da guarda municipal, aqueles azuizinhos que ficam no viaduto do chá?
Queria sabe o que? Que a cidade tivesse outro nome. Tupaçaretana, Paraquaparibe, Santa Parasquevi, sei lá. Quem sabe se a cidade e o estado não fossem homônimos talvez tivessem menos margem pra confundirem as bolas do que é São Paulo e o que é São Paulo. Provavelmente aproveitam do fato de muita gente também não saber a diferença entre o que é ser paulista e o que é ser (também) paulistano.