27 de mai. de 2009

Quando Deus me desenhou, ele estava embriagado.

(e assim me fez, à sua imagem e semelhança.)

18 de mai. de 2009

Eis então que as criaturas que outrora reinaram nos períodos jurássicos saem dos esconderijos em que até hoje viveram furtivamente, longe dos olhares e dos radares do homem. Revela-se o elo perdido. Mantiveram por todo esse tempo o mesmo porte, a mesma pele dura e escamosa, as garras e dentes e o apetite por carne. Porém, evoluíram. Neste momento são não só ágeis e espertos como também são coordenados, são estratégicos. Buscam em grupo sua vítima e quando atacam, são fatais.

Pois bem.

Aí eu estou quieto na minha, aqui na minha casa, quando vêm um bando de uns quinze desses, e me sentam tanta porrada que meus ossos viram farelo, meus dentes vão parar dentro do meu pulmão e as entranhas viram um sarapatel pronto pra consumo.

Essa é mais ou menos a sensação diária de chegar em casa depois do trabalho... ou de acordar para um novo dia.

14 de mai. de 2009

Acordo ortográfico pra jacu

O novo acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado com o propósito de unificar o idioma português praticado nos países lusófonos Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Graças aos céus. A comunicação com nossos colegas de idioma estava ficando problemática a ponto de sair porrada na rua. Durante muito tempo ignorou-se os regionalismos e variações. Eram quase imperceptíveis. O contato diário no escritório com esse pessoal do Timor Leste, o tradicional churrasquinho de domingo na casa dos moçambicanos... esse contato intenso e cotidiano com outros lusófonos fez com que durante décadas não se percebesse muito as diferenças. É que oralmente nem dá pra perceber as diferenças de nacionalidade. Um moçambicano pode falar um pouco puxadinho, mas não muito diferente de um curitibano, de um piracicabano ou de um mano da zona sul. O vocabulário é igualmente similar e as palavras quase sempre têm os mesmos sentidos para eles e para nós. Arriscaria dizer que até as gírias de moçambique são coerentes aqui pra nós (afinal de contas, cá e lá igualmente fufutam os bradas com seus pom-pons, vendo as txunas catorzinhas). Essa integridade é o que temos por garantido quando temos uma língua forte, de tradição.

No entanto, a comunicação lusófona atingira sua plenitude e total integração apenas em sua forma oral e coloquial. É muito comum pegar um texto qualquer do Timor Leste e não entender lhufas. É um tal de Bocaiúva escrita aqui com acento e ali sem, óptimos e ótimos, infra-som e infrassom... Uma verdadeira xicalamidade.

E eu acho que estava na hora de dar um basta nisso tudo. Afinal de contas é o nosso idioma que fortalece todos esses vínculos diplomáticos importantes que temos com esses países. Quantas famílias brasileiras do interior de Santa Catarina não são descendentes de Guiné-bissauenses? E quem pensa na dificuldade que os mesmos andam enfrentando para ler as cartas de seus parentes de além-mar?

Essa medida chegou em boa hora e finalmente podemos parar de dividir o português em sub-idiomas. Chega de ter que escolher na instalação do Windows se vou usar "Português de Portugal" ou "Português do Brasil".

Isso tudo é culpa desses caras que falam que idiomas são organismos vivos. Bah... se isso fosse verdade, seria possível supôr um tal darwinismo neles. Que esses organismos, se separados fisicamente, passam por adaptações locais que se relacionam com seu material genético. Biologia é biologia, linguagem é linguagem. E que isso fique bem claro.



Ainda existe aquele tal de vós? que era 2a pessoa do plural?

12 de mai. de 2009

XVIIa. GREVE ANUAL DOS FUNCIONÁRIOS DA USP !!!

Participe da mais tradicional greve do funcionarismo público!
cerveja - linguicinha - sarau - trio elétrico - capoeira - dança de salão
e muito mais!!!

lute pelo seu direito de ser funcionário público e não precisar trabalhar!




participe de nossas reuniões. precisamos da sua colaboração para bolar alguma desculpa que pareça plausível para a greve do ano que vem.