31 de dez. de 2007

Feliz ano novo

É o que dizem por aí em todo lugar. De fato o novo ano que entra é uma roleta. Randômica, aleatória, e geralmente com um péssimo humor.

Nos 46 minutos do segundo tempo acho que não há mesmo muito mais que se possa fazer, a não ser ficar falando "Feliz Ano Novo" pra todo mundo.
Deite-se confortavelmente, em posição fetal, escolha uma estação de rádio daquelas que usam em elevadores, um saco de batatinha do lado, uma garrafa de coca-cola e aguarde até o dia 2, 3, ou mais caso julgue necessário.
O importante só é mesmo trocar o calendário da cozinha e não esquecer de assinar os cheques com o ano de 2008.
E no desespero, lembre-se que daqui uns 4 ou 5 meses você vai estar desesperado com um zilhão de coisas, tomando vidros inteiros de maracujina, e lembrando desse momento agonizante onde você podia tão só e simplesmente ficar aí sentadinho, no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar. E quando se lembrar disso, esse ócio doloroso e perturbador vai se transformar num momento tão saudoso, tão nostálgico... E aí poderá dizer "Que ano novo maravilhoso!!"

Mah vamu vê. Mah vamu vê.

Algo ainda me diz que há algum motivo pra achar que tudo está se encaminhando do jeito bom.


Feliz ano novo pra todo mundo, cheio de dinheiro, saúde, felicidade, paz, harmonia, sabedoria, amor, amizade, trabalho, fartura, justiça, fé, luz, oportunidades, esperança, golfinhos, gatinhos cor-de-rosa com lacinhos na cabeça, elefantinhos em miniatura, andorinhas de porcelana na parede e baixas probabilidades de ser pego em cheio por um ônibus desgovernado na contra-mão